Prefeito de Parobé é suspeito de se associar com organização criminosa em troca de votos, diz polícia
Investigação indica que esquema de corrupção envolveria "troca de favores": criminosos seriam beneficiados em licitações para limpeza urbana, vigilância ...
Investigação indica que esquema de corrupção envolveria "troca de favores": criminosos seriam beneficiados em licitações para limpeza urbana, vigilância e portaria. Polícia cumpre mandados de busca e apreensão contra prefeito suspeito de esquema de corrupção em Parobé Eduardo Paganella/RBS TV O prefeito de Parobé, Diego Picucha (PDT), é alvo de uma operação policial com apoio do Ministério Público (MP) nesta quarta-feira (18) que apura um suposto envolvimento dele em um esquema de corrupção com participação de uma organização criminosa (saiba mais abaixo). 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp No total, são cumpridos 43 mandados de busca e apreensão, além de ordens judiciais para quebra de sigilos bancário, fiscal e financeiro, apreensão de imóveis e veículos. A casa do prefeito e a prefeitura são alvos. Em nota, a Prefeitura de Parobé afirmou que recebeu com surpresa a operação. "No entanto, isso não abala em nada a lisura da nossa gestão", diz. (Leia a íntegra abaixo) O g1 e a RBS TV tentam contato com o prefeito Diego Picucha, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem. Ele deve se manifestar à tarde sobre o assunto. Investigação De acordo com o delegado Filipe Bringhenti, o prefeito teria acordado com a organização que daria contratos de licitação aos criminosos em troca de "apoio para obtenção de votos em comunidades mais pobres que, supostamente, a facção conseguiria entregar". "Ele honraria esse acordo retribuindo a criminosos que auxiliaram no pleito eleitoral com contratos públicos e nomeação a cargos públicos, o que nós confirmamos que ocorreu. Existem contratações suspeitas com pessoas vinculadas com a organização somando R$ 40 milhões. São contratos variados, principalmente ligados à limpeza urbana, vigilância e portaria", conta o delegado Bringhenti. Conforme a investigação, os contratos foram direcionados a grupos específicos, sem o devido processo licitatório, beneficiando empresas relacionadas a aliados políticos e familiares dos gestores públicos. Também foram identificadas conexões suspeitas entre núcleos familiares e políticos locais, além da participação de membros da organização criminosa na administração pública. "Essas práticas teriam permitido não apenas o desvio de recursos públicos, mas, também, a infiltração de interesses escusos na gestão municipal", afirma o delegado Bringhenti. Os crimes investigados são os de corrupção, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. Além do prefeito, são investigados outros políticos e agentes públicos, além de empresários e membros da organização criminosa. Nota da Prefeitura de Parobé Fomos surpreendidos com a referida operação. No entanto, isso não abala em nada a lisura da nossa gestão, reconhecida por três anos consecutivos pelo Conselho Federal de Administração como a melhor do Estado do RS no Índice de Governança Municipal, que avalia critérios como transparência, finanças, gestão e desempenho. Informamos que o prefeito Diego Picucha irá se manifestar oficialmente sobre o assunto ainda nesta tarde. VÍDEOS: Tudo sobre o RS