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Pesquisadora da UFSM cria teste rápido para diagnóstico de tuberculose

Tuberculose: tratamento dura, no mínimo, seis meses Uma pesquisadora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) desenvolveu um teste rápido para diagnósti...

Pesquisadora da UFSM cria teste rápido para diagnóstico de tuberculose
Pesquisadora da UFSM cria teste rápido para diagnóstico de tuberculose (Foto: Reprodução)

Tuberculose: tratamento dura, no mínimo, seis meses Uma pesquisadora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) desenvolveu um teste rápido para diagnóstico da tuberculose. A ferramenta foi finalista na categoria Produtos e Inovação em Saúde do 17º Prêmio Ciência, Tecnologia e Inovação para o Sistema Único de Saúde (SUS). O exame, chamado Teste Molecular Rápido para Tuberculose, foi criado no Laboratório de Micobacteriologia da UFSM, sob coordenação da professora Marli Matiko Anraku de Campos. O objetivo é reduzir o tempo de detecção da doença, que hoje pode levar até 11 semanas entre os primeiros sintomas e o início do tratamento. O procedimento utiliza uma amostra de escarro do paciente, que é misturada a reagentes e aquecida em um equipamento chamado termobloco. Em cerca de uma hora, é possível saber se há presença da bactéria causadora da tuberculose. A identificação é feita por cores: rosa indica ausência do bacilo; amarelo ou alaranjado, presença da infecção. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp “Essa reação é chamada colorimétrica. Quanto mais cópias do DNA da bactéria, mais amarelada fica a amostra”, explica Marli, docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFSM. Vantagens do método Segundo a pesquisadora, o teste é mais acessível que os exames atuais, que usam tecnologia PCR e dependem de reagentes importados. “Nosso teste foi desenvolvido com tecnologia e insumos brasileiros. É mais barato e não exige laboratório específico”, afirma. LEIA TAMBÉM: Tuberculose: o que é e quais são os sintomas, diagnóstico e tratamento O projeto começou em 2023, com recursos do Programa Pesquisa para o SUS. A equipe já registrou a patente e pretende simplificar o sistema para ampliar o alcance. “Queremos que chegue a locais distantes e possa ser replicado em escala industrial”, diz Marli. A doença A tuberculose é transmitida pelo ar e afeta principalmente os pulmões. Em 2023, o Brasil registrou 39,8 casos por 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde. A meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é reduzir para 6,7 casos por 100 mil. O tratamento é gratuito pelo SUS e dura, em média, seis meses. Entre os sintomas estão tosse persistente por mais de três semanas, febre, suor noturno e perda de peso. A vacina BCG é a principal forma de prevenção. Tuberculose: sintomas e formas de transmissão Arte G1 Amostras após o aquecimento Divulgação/UFSM VÍDEOS: Tudo sobre o RS